azul forte,
Santo António revisitado - duas guitarras, rimas esterlinas e 0,75 Lt de tinto.
Eu queria ser arquitecto
de voz grave e cabelo comprido.
Ser amante discreto
e pouco comprometido.
De caneta na mão
seria sempre genial
teria até um cão
o melhor amigo, afinal.
Em cada obra terminada
uma assinatura que sorri,
e era o que bastava
para te ter a ti.
Essa assinatura,
esse nome que ri,
É memória de mim
sempre alegre no teu dia cansado
Assim, sem arte ou jeito
sou um triste careca enfadado
De coração desfeito
.
OS DIAS DO CÃO / rjbernardo@hotmail.com